As dores infantis – Quem não tem? Quais suas influências?

Por mais que tenhamos tido uma boa infância, repleta de apoio, carinho, suporte emocional e material, toda criança enfrenta dificuldades que acabam por moldar padrões de comportamento, estrutura de caráter e estrutura corporal.

A capacidade de compreensão limitada da criança

A compreensão da criança é sempre limitada. Ela não tem ainda o amadurecimento necessário para compreender determinadas atitudes dos adultos e acabam interpretando as situações de acordo com sua própria lógica infantil.

Um exemplo disso é a criança que, diante da ausência física do pai, pode experimentar uma profunda dor de desamparo e passar acreditar que este não a ama e não a ajuda em suas necessidades, sem compreender que o mesmo poderia estar trabalhando para oferecer a estrutura necessária para sua sobrevivência.

E o que faz a criança com sua compreensão limitada sobre o mundo adulto?

Como a criança não possui a estrutura necessária para compreender seu contexto, uma das soluções possíveis para amenizar o desconforto vivenciado é diminuir o contato consciente com as dores, passando esta a estar presente de forma inconsciente em seu corpo.

Então, na idade adulta…

Quando alcançamos a idade a adulta adquirimos uma nova compreensão da realidade. Passamos a entender que nem tudo o que queremos podemos conseguir imediatamente e que a sociedade possui regras que devem ser cumpridas. A dores antigas, arquivadas porém vivas no inconsciente continuam despercebidas porém suas consequências passam a se apresentar na forma de sintômas físicos, emocionais e comportamentais aparentemente aleatóreos.

É muito comum visto que temos uma nova capacidade de compreensão acreditarmos que não temos este tipo de problema. Pensar que por termos tido uma boa infância, ou por termos crescido, situações passadas não nos causam mais influência. Com certeza amadurecemos conforme atingimos a idade adulta, mas assumir as próprias dificuldades é um processo bastante individual e exige uma certa honestidade interna.

Papel do processo terapêutico neste contexto

Com o desenvolvimento do processo terapêutico temos a oportunidade de perceber que muitas situações da infância que nem nos lembrávamos mais ou que atualmente pensamos que estão superadas, possuem raízes traumáticas que influenciam de forma significativamente prejudicial a nossa vida.

Tomar consciência dessas memórias é o primeiro passo para nos harmonizarmos e vivermos de forma mais inteira. expressar os sentimentos e liberar a energia retida e associados a essas memórias é outra etapa fundamental. Não basta conhecermos nossa história se não pudermos aliviar as contenções e descarregar a energia acumulada.

E por fim, olhar a situação a partir de um novo ponto de vista. Compreendendo e dando um novo sentido à experiência que até então era percebida como negativa.

 

Já experimentou algo como o processo descrito acima. Deixe seu comentário!

Com graduação em Naturologia Aplicada, especialização em Terapia Corporal Reichiana e DMP (Deep Memory Process), realizo os atendimentos de naturologia em consultório baseado nos fundamentos da terapia corporal e em conjunto com sessões de regressão (DMP). Amo educação. Considero-a como a base para o autoconhecimento e para a saúde. Atuei com educação ambiental para crianças através de horta escolar e com projetos de revitalização cultural com o povo Mbyá Guarani, trabalhos que me deram base para entender a relação do ser humano com a natureza e universo ao qual pertence. Hoje, além de atendimentos em consultório e trabalhos com grupos de terapia, aprecio estar com a família, fazer esportes, aproveitar momentos em contato com a natureza e escrever sobre minhas reflexões nas áreas de terapia, ecologia, sustentabilidade, consumo consciente e saúde.

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